domingo, 18 de julho de 2010

Fibromialgia


A fibromialgia é uma síndrome dolorosa generalizada e crônica. Ela é considerada síndrome pois engloba uma série de manifestações clínicas como dor, fadiga, indisposição e distúrbio do sono. Em geral a dor vem acompanhada de manifestações como formigamento, irritabilidade, enxaqueca, cólon irritável, pernas inquietas e alterações de humor (com quadros de depressão ou ansiedade)
Por ter essas diversas manifestações clínicas, a pessoa portadora de fibromialgia tem sua qualidade de vida prejudicada e queda do desempenho profissional.
Para o diagnóstico, não existem exames complementares que confirmem o diagnóstico (na maioria das vezes não apresentam alterações), portanto a história clínica do paciente tem que ser muito bem analisada pelo médico. E se preconiza do generalizada por um período maior que três meses e a presença de pontos dolorosos padronizados.


Diferentes fatores, isolados ou combinados, podem favorecer as manifestações da fibromialgia, dentre eles doenças graves, traumas emocionais ou físicos e mudanças hormonais.
Pesquisas têm procurado o papel de certos hormônios ou produtos químicos orgânicos que possam influenciar na manifestação da dor, sono e no humor.
Existe forte predominância do sexo feminino (80 a 90%), com um pico de incidência entre os 30 e os 50 anos, podendo manifestar-se em crianças, adolescentes e idosos.
No tratamento atividades aeróbicas de baixo impacto, como uma caminhada e/ou um trabalho de musculação bem orientado são indicados para os fibromiálgicos, pois aumentam os níveis de endorfinas, melhoram o bem-estar e ajudam no relaxamento. Em alguns casos juntamente com os exercícios é necessário o uso de medicamentos. Técnicas de relaxamente e de respiração também são indicados.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Artroplastia Total do Quadril - ATQ

A prótese de quadril substitui a articulação coxo-femural dolorosa, o material utilizado é o polietileno ou cerâmica. Esses componentes são fixados nos ossos com ou sem cimento, dependendo do caso.
As doenças que mais levam a substituição da articulação pela prótese são a Artrose de Quadril e Fraturas do Colo do Fêmur.


Benefícios:
  • Redução da dor na grande maioria dos pacientes;
  • Redução da rigidez articular;
  • Aumento da capacidade e da distância da caminhada;
  • Melhora para realizar as atividades de vida diária.

Riscos:

  • Grande perda de sangue durante a cirurgia;
  • Trombose;
  • Reação a anestesia;
  • Infecção pós-operatória.

Prótese Cimentada: é aquela que é usado o cimento para fixar os componentes cirúrgicos. A mais utilizada é a prótese de Charnley. O acetábulo é de polietileno e a parte femural de liga metálica. É indicada p/ pacientes com idade avançada.


Prótese não cimentada: A prótese é fixada diretamente nos ossos. É indicada para pessoas mais jovens com boa qualidade óssea.


Prótese Híbrida: É utilizado cimento no componente femural apenas.


A cirurgia de prótese de quadril geralmente é bem sucedida e as complicações são raras. A complicação mais comum a longo prazo é a soltura da prótese. O que determina a soltura da prótese são os mesmos fatores que influem na soltura da prótese do joelho.


Pós - operatório


O tratamento no pós-operatório vai variar conforme a idade do paciente, conforme o grau de força da musculatura deste paciente, conforme o cognitivo deste paciente e também conforme o tipo de prótese que foi utlizada.

Mas em geral a fisioterapia inicia no primeiro dia de pós - operatório, com exercícios suaves e algumas orientações, como evitar a adução da perna operada (por exemplo cruzar as pernas, fechar a perna operada, tem sempre que manter uma certa abertura inclusive usar o coxim abdutor), não flexionar o quadril mais que 90º graus (por exemplo, sentar em cadeiras ou camas baixas), realizar por muitas vezes seguidas o exercício de planti e dorsiflexão dos pés (puxar o pé p/ cima e empurrar p/ baixo, com o objetivo de evitar trombos). Ainda no hospital o paciente aprende a andar de andador ou muletas.


Então, no tratamento fisioterapêutico, os objetivos são o ganho de força, mobilidade do membro operado, melhora da marcha, e retorno conforme evolução para suas atividades de vida diária.


Foto: exemplo de exercício de isometria do grupo muscular quadríceps. Este é um dos exercícios que inicia-se ainda na fase hospitalar.





quarta-feira, 30 de junho de 2010

CONTUSÕES

Em época de Copa do Mundo nada mais justo do que falarmos das contusões, as famosas contusões dos jogadores de futebol.
As contusões musculares correspondem por cerca de 60 a 70 % das lesões relacionadas à prática de esportes.
As contusões são causadas por uma batida ou pancada que atinge somente partes moles, sem fraturas. As estruturas lesionadas são os músculos, fáscias e ligamentos.

Na região surge uma hiperemia, ou seja, um vermelhidão, dor, edema, e se houver rompimento de vasos sanguíneos surgirá um hematoma.

No momento da lesão é indicado a aplicação de gelo (crioterapia), pois trata-se de uma lesão aguda. A aplicação de gelo deve ser feita por até 48h, com intervalos de no mínimo 1 hora, e a aplicação de gelo deve durar entre 15 e 20 minutos. Associado a isso nessa fase deve ser feito repouso e elevação do membro afetado.

Quando a contusão for de moderada a grave será indicado o uso de muletas para evitar o aumento da lesão.

Na fisioterapia temos alguns recursos como o ultrassom que pode ajudar na estimulação da proliferação celular contribuindo para a recuperação dos tecidos lesados. Além disso, assim que estiver terminando a fase aguda, o fisioterapeuta inicia a recuperação da mobilidade do membro afetado e da força muscular, iniciando assim os exercícios. Vamos progredindo conforme feedback da lesão e do paciente até reiniciar a prática do esporte deste paciente.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Entorse de Tornozelo

O entorse acontece quando a pessoa vira o pé para fora ou para dentro, geralmente de forma brusca e com dor forte.
Quando a pessoa vira o pé para dentro, chamamos de entorse por inversão; e para fora de entorse por eversão.
O entorse é muito comum em esportes como o futebol, basquete e vôlei chegando a 15% de todas as lesões.

O entorse é classificado em 3 graus:

Grau 1 - Quando acontece estiramento dos ligamentos.


Grau 2 - Quando ocorre ruptura parcial dos ligamentos.

Grau 3 - Quando apresenta ruptura total de ligamentos.




O paciente com entorse de tornozelo apresenta dor, edema e muitas vezes hematomas.
O que fazer se você fizer um entorse?
Primeiramente pode-se colocar gelo e ir imediatamente para um pronto-atendimento, lá o médico vai avaliar e tomar as medidas necessárias. Normalmente é feito um raio X para excluir a hipótese de uma fratura, dependendo do grau do entorse o médico pode pedir uma ecografia ou uma ressonância magnética, para avaliar melhor a lesão ligamentar.

Tratamento
O tratamento inicial é repouso por pelo menos 3 dias (no caso de entorse de grau 1), elevação do pé, e aplicação de gelo. Cada caso é avaliado individualmente, sendo que na maioria das vezes é feita imobilização, nesse período de imoblização o paciente já pode iniciar a fisioterapia, que tem recurso para auxiliar na diminuição do edema, da dor e acelerar o processo cicatricial da lesão.

Assim que o paciente não necessitar a imobilização então de começa os exercícios para retomar a função daquele membro, como mobilizações suaves, ganhando amplitude de movimento, reforçando a musculatura do pé e da perna, fazendo exercícios de propriocepção (trabalhando o equilíbrio e a informação de resposta que temos que ter a cada movimento e instabilidade) e finalmente podendo voltar as suas atividades de vida diária.



Modelo de imobilizador de tornozelo.







Exemplo de exercícios de propriocepção.




















































quarta-feira, 23 de junho de 2010

ATJ - Artroplastia Total de Joelho

A indicação de prótese de joelho é feita pelo ortopedista em casos de dor articular grave, limitação severa de amplitude de movimento, processo degenerativo (artrose) avançado, alteração do eixo mecânico do joelho, falha no tratamento conservador (fisioterapia) ou falha em cirurgia prévia. A prótese dura em média de 10 a 15 anos.
É importante um trabalho de pré-operatório na fisioterapia, pois além da orientação minuciosa, o fisioterapeuta já realiza fortalecimento muscular, o que acelera a recuperação no pós-operatório. Tão importante quanto à fisioterapia pré-operatória, é a fisioterapia pós-operatória. Qunato antes iniciar a fisioterapia após a cirurgia, mais rápido é a recuperação da amplitude de movimento e da força muscular, e então mais rápido o paciente pode realizar facilmente as suas atividade de vida diária.
Na grande maioria dos hospitais já é protocolo o paciente receber atendimento de fisioetrapia no primeiro dia após a cirurgia. E em muitos hospitais, os pacientes estão recebendo atendimento ainda na sala de recuperação.
O tatamento fisioterapêutico tem duração em torno de 3 meses. Inicia-se visando o ganho de amplitude do joelho, diminuição da dor e treino de marcha com muletas, em seguida já treinando ganho d eforça muscular. Evoluindo para trieno de propriocepção e depois direcionando a reabilitação para as atividades de vida diária.
A cirurgia de prótese de joelho é diferenciada em alguns aspectos, como nº de componentes (uni/bi/tri), restrição (livre/semi/restrita), fixação (cimentada/ não-cimentada/ híbrida), incisão (longitudinal e para patelar). Sendo que cada pessoa se recupera de uma forma diferente, então apesar de existirem protocolos de reabilitação (para apenas guiar o nosso trabalho), temos que etsar atentos às particularidades de cada cirurgia e da individualidade de cada pacientes.
A cirurgia de artroplastia do joelho é, geralmente bem sucedida e as complicações são raras. Uma das complicações é a infecção, mas que em geral é rara. A soltura da prótese é a principal complicação a longo prazo, é mais fácil de acontecer quando o paciente pratica exercícios vigorosos, ou sobrecarrega a prótese, pessoas com excesso de peso podem causar problemas na prótese mesmo em atividades normais. E ainda a osteoporose contribui para a máfixação dos componentes no osso.
A complicação clínica mais frequente é a formação de coágulos nas veias da perna. Se esses coágulos movem-se pela circulação, eles podem causar trombose venosa profunda. Algumas medidas são tomadas para evitar os coágulos, como iniciar exercícios logo após a cirurgia e usar meias para varizes por algum tempo. Por vezes o cirurgião administra medicamentos para previnir essas complicações.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Boas Vindas

Hoje inauguro este espaço para trocarmos idéias sobre fisioterapia, saúde, prevenção e atividade física. Peço colaboração pois não tenho muita prática neste avançado mundo da internet.
Então,
Sou fisioterapeuta desde 2007, tenho o curso de Reeducação Postural Global, e estou terminando meu curso de pós-graduação em Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia.
Sou apaixonada pelo que faço e cada vez busco mais me aperfeiçoar e divulgar a minha profissão.